Fulano
Esta
é a minha vida:
Sou
Fulano Indigente,
Filho
de uma certa pobreza
E
de um pai desconhecido.
Desde
cedo, eu fui adotado
Pela
cruel madrasta: solidão.
Esta
é a minha casa:
Vivo
cercado por paredes invisíveis
E,
no teto, automóveis.
Em
qualquer canto, em qualquer lugar
Eu
espalho a minha mobília:
A
panela (uma lata de ervilhas)
E
o cobertor repleto de notícias ultrapassadas.
À
noite, vejo a lua despida,
Sinto
o frio na alma
E
a fome no estômago.
Por
isso, se alguém quiser me visitar
Procure
por Fulano
Que
esta bem ali, bem perto
Naquele
lugar que todos fingem não existir,
Na
esquina do desprezo com lugar nenhum
Esta
é a minha vida
Esta
é a minha morte.
Luciano Dias
Pessoal, o inverno está aí! Tem gente sofrendo lá fora! E porque não ajudar? Doe o seu cobertor velho. Já é um bom começo!
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